quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Classe artística cobra resoluções ao secretário de Cultura

Reunião com o Secretário (Créditos: Emídio)
Na manhã da última quarta-feira, 20, representantes dos Colegiados Setoriais se encontraram com o secretário de Cultura, Albino Rubim. Na ocasião, os agentes culturais cobraram do secretário um posicionamento em relação aos pedidos que a categoria artística tem feito desde que o governo do Estado anunciou o contingenciamento de verbas, em agosto. O corte no orçamento provocou, entre outros prejuízos, o cancelamento e adiamento de atividades apoiadas por editais da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e pelos recursos do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA).

Entre os pedidos dos artistas ao secretário estão uma reunião entre a categoria e o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, e o repasse imediato das verbas destinadas ao Fundo de Cultura. O encontro aconteceu no gabinete do secretário, no Palácio Rio Branco (Praça Tomé de Souza).

Foram convidados o assessor de Relações Institucionais da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Kuka Matos, e a diretora-geral interina da Fundação Pedro Calmon (FPC), Fátima Fróes. Representando os setores artísticos marcaram presença Gordo Neto (Teatro), Emídio Bastos e Flávio Lopes (Artes Visuais), Robson Mol (Circo), Valdeck Almeida de Jesus e Jorge Carrano (Literatura) e Clara Trigo (Dança).

AVALIAÇÃO – O encontro com o secretário Albino Rubim durou cerca de duas horas e aconteceu 15 dias após a classe artística se reunir com o governador Jaques Wagner. Para o presidente do Colegiado Setorial de Artes Visuais, Emídio Bastos, essa nova rodada de diálogo com o poder público representou pouco avanço em relação às necessidades do setor cultural.

A reunião foi importante porque apresentamos os problemas ao secretário, mas foi pouco produtiva por não ter havido a formalização dos compromissos. Não foram marcadas novas datas de reuniões ou apresentadas posições oficiais do governo. A reunião ficou no campo do político, nada foi assinado. Houve apenas a promessa de empenho”, detalha.

Bastos afirma que, durante a reunião, foi levantado a questão das vagas, para 2014, que os Colegiados Setoriais devem assumir no Conselho Estadual de Cultura da Bahia (CEC). A comissão de artistas pediu ao secretário uma reunião para tratar o assunto, mas não há confirmação do encontro. Em contrapartida, Bastos disse que o secretário pretende se reunir com os conselheiros estaduais de cultura para discutir o assunto.

Reunião com o Secretário (Créditos: Emídio)
ANÁLISE E DISCUSSÃO – Nesta quinta-feira, 21, às 14 horas, os representantes da classe artística se reúnem na sede do Conselho Estadual de Cultura, no Campo Grande, para discutir e propor mudanças na minuta da Lei do Fundo de Cultura. O documento foi entregue pelo secretário Albino Rubim aos presentes na reunião. Seu texto contempla alterações sugeridas pela sociedade entre 20 de março e 12 de maio deste ano.

Emídio Bastos não acredita que a oportunidade de os colegiados analisarem a minuta seja um privilégio ou conquista. Ele defende que deveria haver mais transparência em processos como esse. “Essa minuta está na Procuradoria Geral do Estado e deveria, inclusive, não ser apresentada dessa forma, entregue em uma reunião. Ela deveria estar disponível a todos no site da Secult, da Procuradoria Geral ou de onde estivesse tramitando”, assinala.

Com pensamento semelhante, mas considerando crucial a parceria e apoio dado pela SecultBA aos Colegiados Setoriais, a presidente do Colegiado Setorial de Dança, Clara Trigo, encara o procedimento como natural e afirma que a vitória da classe artística é evidente em outro ponto.

É parte do processo, absolutamente previsível e esperado. É normal que os documentos públicos sejam compartilhados com os setores. Mais importante do que ter recebido a minuta é os colegiados terem conseguido colocar na pauta da Secult assuntos como orçamento, Fundo de Cultura e repasse de dinheiro”, finaliza.

Fonte: Ascom CEC

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