Foto por Tiago Mendou |
O último domingo, 30 de junho, foi um dia importante para a luta de combate ao racismo e preconceito no Oeste da Bahia onde aconteceu o primeiro Encontro de Cresp@s e Cachead@s de Santa Maria da Vitória e São Félix do Coribe. O evento contou com participação de pessoas das cidades da região e também das comunidades rurais dos municípios, o público estimado foi 600 pessoas.
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O evento começou com uma palestra proferida pela psicóloga Catiana Santos em que abordou ‘as questões psicológicas da auto estima no processo de transição capilar’. O momento foi seguido de uma roda de conversa na qual as pessoas participaram contando suas experiências pessoais destacando importância de assumir a estética negra como significação de luta contra o racismo. “Foi maravilhoso poder conversar sobre questões que permeiam a autoestima das pessoas que buscam a construção de sua própria identidade através dos cabelos pelo processo de transição capilar. É importante compreender que o cabelo crespo e cacheado também é um ato político” comenta Catiana Santos ao falar sobre sua participação.
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Houve ainda a realização de três oficinas: oficina de turbante, sob orientação de Isi Santos; oficina de transição capilar, que teve como facilitadora Carol Araújo e oficina de cuidados com o cabelo, facilitada por Catiana Santos. “Foi uma experiência afrontosa, desafiadora e prazerosa. É uma gratidão imensa está cercada de gente bonita, preta, crespa e cacheada. É importante se sentir representada e também representante de uma causa e de um movimento de tamanha grandiosidade e excelência para os demais municípios da região” avalia Carol Araújo.
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Músicas, danças e poesias deram a dinâmica do evento que teve palco aberto e participação de várias pessoas. A batucada ficou por conta dos músicos Diego Kondosety, Luis Costa, Marcelo Apache e Nayark Souza já o vocal ficou na responsabilidade de Danilo Borges e Vana Ferreira que animaram a noite. Para Marcelo Apache, também realizado do evento, “foi uma honra produzir um encontro onde falo sobre eu mesmo, minhas raízes e minha ideologia. Participar diretamente foi umas das sensações mais maravilhosas que pude sentir, a troca de informações, a musicalidade voltada ao samba de roda que é uma representação simbólica de resistência”.
A realização foi de responsabilidade do Coletivo Culturas Correntes com o apoio do Portal Matutar.
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